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O tempo seco e as
temperaturas acima da média estão afetando o desenvolvimento dos
pomares de laranja da região. Nas propriedades onde há
irrigação, a situação dos frutos é melhor, só que o custo de
produção subiu.
A produtividade só
está garantida em pomares onde há irrigação. Cada pé recebe
cerca de 50 litros de água por dia de dois poços artesianos, que
irrigam 280 mil pés de laranja. Só assim é possível enfrentar o
pior período de estiagem registrado em uma fazenda que fica em
Descalvado. |
“Nós temos registro de chuva desde 1959, registros diários e
mensais, e nesses 54 anos não há caso igual a esse, com 49
milímetros de chuva em janeiro. O normal seriam de 250 até 400
milímetros. Nós estamos irrigando 21 horas por dia. O custo
subiu muito, mas de qualquer forma é melhor pagar e ter uma
produção, do que não pagar e perder tudo”, diz o citricultor
Hugo Jank.
Em época de falta
de chuva, como agora, os agricultores Helena e Walter Baldin
seguem a tradição religiosa de ir até a capela da propriedade
levando uma garrafa d'água. A fazenda do casal, em Pirassununga,
tem 52 mil pés de laranja. Walter pretendia produzir 50 mil
caixas de 40 quilos cada, mas a seca incomum para esta época do
ano vem mudando as perspectivas para a safra. “A nossa produção
deve diminuir, assim como o tamanho das frutas, mas vamos torcer
para vir a chuva”, diz.
Em 54 anos não
há caso igual a esse, com 49 milímetros de chuva em janeiro. A
florada bem sucedida garantiu pés carregados, mas o clima seco e
quente ameaça a lavoura. Este é o momento em que o fruto se
desenvolve e por causa da falta d'água, ele não deve atingir o
tamanho esperado.
“A seca chegou
na época de enchimento da fruta. Se não chover agora, a
tendência é que a fruta não forme um reservatório para no futuro
se encher de água”, explica o agrônomo Ronei Romano.
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