Educação, saúde e renda são os pilares da pesquisa e oferecem os
dados para os órgãos traçarem o panorama do desenvolvimento
humano dos municípios e a desigualdade entre eles em vários
aspectos do bem-estar. São analisados indicadores de população,
educação, habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade,
com base nos dados dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010.
Em relação aos
645 outros municípios do Estado de São Paulo, Descalvado ocupa a
164ª posição, sendo que apenas 163 (25,27%) municípios estão em
situação melhor e 482 (74,73%) municípios estão em situação pior
ou igual.
O índice obtido
situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM
entre 0,7 e 0,799). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais
cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de
0,107), seguida por Longevidade e por Renda.
EVOLUÇÃO
- Entre 2000 e 2010, o IDHM passou de 0,700 em 2000 para 0,760
em 2010 - uma taxa de crescimento de 8,57%. O hiato de
desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do
município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em
20,00% entre 2000 e 2010.
POPULAÇÃO
- Entre 2000 e 2010, a população de Descalvado teve uma taxa
média de crescimento anual de 0,71%. Na década anterior, de 1991
a 2000, a taxa média de crescimento foi de 1,25%. No Estado,
estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e no país, foram de
1,01% no mesmo período. Nas últimas duas décadas, a taxa de
urbanização cresceu 10,23%.
ESTRUTURA
ETÁRIA -
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Descalvado passou
de 49,72% para 41,70% e a taxa de envelhecimento evoluiu de
7,68% para 9,94%, o que significa dizer que a população
descalvadense está vivendo mais.
Taxa de
dependência é o percentual da população de menos de 15 anos e da
população de 65 anos e mais (população dependente) em relação à
população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa). Já a
taxa de envelhecimento é a razão entre a população de 65 anos ou
mais de idade em relação à população total.
LONGEVIDADE,
MORTALIDADE E FECUNDIDADE
- A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de
um ano) em Descalvado reduziu 31%, passando de 16,0 por mil
nascidos vivos em 2000 para 11,0 por mil nascidos vivos em 2010.
Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações
Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo
de 17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade
infantil do estado e do país eram 13,9 e 16,7 por mil nascidos
vivos, respectivamente.
Mas esse número
é ainda menor, levando-se em consideração os dados, por exemplo,
de 2013. Com apenas um único óbito entre as 393 crianças
nascidas vivas no período, a cidade obteve uma taxa de 2,5
mortes a cada mil nascidos vivos, contra as 11,5 mortes da média
do Estado de São Paulo e, 9,7 da média regional. Segundo
informações, o referido óbito se deu por afecções originadas
durante o período perinatal.
EDUCAÇÃO
- Crianças e
Jovens:
A proporção de
crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados
ciclos indica a situação da educação entre a população em idade
escolar do município e compõe o IDHM Educação. No período de
2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola
cresceu 17,29%. Já a proporção de crianças de 11 a 13 anos
frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 14,05%
entre 2000 e 2010.
A taxa de jovens
entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 5,24%
no período de 2000 a 2010 e a proporção de jovens entre 18 e 20
anos com ensino médio completo cresceu 1,47% no mesmo período.
Em 2010, 74,83%
dos alunos entre 6 e 14 anos de Descalvado estavam cursando o
ensino fundamental regular na série correta para a idade. Entre
os jovens de 15 a 17 anos, 45,62% estavam cursavam o ensino
médio regular sem atraso. Dos alunos de 18 a 24 anos, 17,16%
estavam cursando o ensino superior em 2010.
Nota-se que, em
2010, 1,40% das crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a
escola, percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos atingiu
14,32%.
- População Adulta:
A escolaridade da
população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento
e também compõe o IDHM Educação. Em 2010, 55,02% da população de
18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e
36,59% o ensino médio. Esse indicador carrega uma grande
inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos
escolaridade.
A taxa de
analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 6,51% nas
últimas duas décadas.
RENDA
- A renda per capita média de Descalvado cresceu 29,93% nas
últimas duas décadas, passando de R$ 614,77 em 1991 para R$708,89 em 2000 e R$ 798,74 em 2010. A taxa média anual de
crescimento foi de 15,31% no primeiro período e 12,67% no
segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com
renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de
agosto de 2010) passou de 2,53% em 1991 para 2,09% em 2000 e
para 0,91% em 2010.
A desigualdade
diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,54 em 2000 e para 0,45 em
2010. O referido índice é um instrumento usado para medir o grau
de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os
rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente,
varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total
igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1
significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só
pessoa detém toda a renda do lugar.
TRABALHO
- Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos
ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era
economicamente ativa) passou de 66,48% em 2000 para 67,53% em
2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o
percentual da população economicamente ativa que estava
desocupada) passou de 12,90% em 2000 para 6,63% em 2010.
|