Jovem
relatou que não vi nada na hora do acidente
(Foto: Reprodução/TV Globo) |
O motociclista
Cleber Carvalho da Silva, que foi atropelado
e arrastado 40 metros por uma locomotiva em
São Carlos, na sexta-feira (3), contou que perdeu a consciência
ao ser atingido pelo trem. “Me deu um branco. Não me lembro mais
de nada”, disse. O vapor da locomotiva provocou queimaduras por
todo o corpo do jovem de 20 anos, que também sofreu escoriações
e uma fratura no joelho esquerdo. Ele continua internado na
Santa Casa da cidade e isolado para evitar o risco de infecção.
Ainda não há previsão de alta, segundo informou a família.
O irmão do
motociclista, Cleibison Carvalho, disse que presenciar o socorro
foi traumatizante. “Pensei que o meu irmão estava morto. Minha
família entrou em desespero, até que ele conseguiu erguer um
pouco a mão”, contou. |
A mãe deles, Lucilvani Maria Carvalho da Silva, disse acreditar
em milagre. "Deus colocou a mão nele". Ela relatou que viu as fotos
do filho sendo resgatado e não conseguiu conter a emoção. “Quando vi ele embaixo
do trem, chorei e agradeci a Deus ao mesmo tempo. Uma coisa daquela eu nunca vi
na vida”.ACIDENTE
- O acidente aconteceu por volta das 23h em uma passagem de
nível que liga os bairros Cruzeiro do Sul e Conjunto
Habitacional Waldomiro Lobbe Sobrino (CDHU). Após ter sido
atingido e arrastado, o jovem ficou preso embaixo da locomotiva
por cerca de 30 minutos, até ser resgatado pelo Corpo de
Bombeiros e Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu).
“Meu genro ia
passando por lá e já me ligou. Eu estava dormindo e entrei em
desespero. Achei na hora que ele tinha morrido. Sai na rua e
comecei a gritar”, lembrou Lucilvani.
De acordo com a
dona de casa, o filho, que trabalha em uma cooperativa de
material reciclável, voltava de um passeio com amigos na hora do
acidente. Lucilvani explicou que não chegou a ir ao local da
colisão, mas foi informada que o filho queria vê-la. “Ele
chamava por mim. Eu entrei no hospital, mas não tive coragem de
ver. Ele estava enrolado no papel alumínio e achei que ele
estava morto. Não sei como uma pessoa pode sobreviver a um
acidente daquele”, afirmou.
ALL
- Em nota, a América Latina Logística (ALL) informou que o
maquinista acionou a buzina e os freios da composição, mas não
foi possível evitar a colisão, uma vez que o trem leva de 500
metros a mil metros para parar totalmente após o acionamento da
frenagem. A passagem de nível é sinalizada.
*Fonte:
G1/São Carlos
|