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				penais. Além disso, 
				há 22 inquéritos civis que podem resultar em outras ações 
				civis”, disse Reinaldo Lucas de Melo, promotor de Justiça 
				responsável por Pontal. 
				DENÚNCIAS 
				- As denúncias apontam fraudes em vários procedimentos 
				licitatórios. “Os serviços contratados vão desde fornecimento de 
				panfletos, alimentação como carnes para creches e escolas 
				públicas. E também reformas de prédios públicos e construção de 
				novos espaços.” 
				Segundo a 
				promotoria, denúncias feitas por moradores e investigações 
				paralelas identificaram as irregularidades. O promotor explica 
				como funcionava o esquema de fraudes em licitações públicas de 
				Pontal. 
				“No caso de 
				Pontal, montava-se um procedimento fictício de licitação e 
				nomeava um vencedor sem que realmente tenha havido um 
				procedimento formal e regular da licitação”, declarou Lucas de 
				Melo. 
				O pedido de 
				devolução para os cofres públicos é milionário, e caso condenado 
				deverá ser feito por todos os envolvidos nas licitações. “O 
				valor de condenação que o ministério público pede devolução aos 
				cofres públicos é em torno de R$ 14 milhões de reais”, declarou 
				o promotor. 
				PREFEITO CHEGOU 
				A FICAR PRESO POR CINCO MESES 
				- No ano passado, o ex-prefeito de Pontal, Frederico Venturelli 
				chegou a ser preso por supostas fraudes em licitações. Na época, 
				a suspeita do MP é que o desvio de dinheiro público tenha 
				chegado a R$ 25 milhões. 
				Venturelli foi 
				preso no dia 30 de abril. No dia 1º de maio, o ex-prefeito foi 
				solto, beneficiado por um habeas corpus. No entanto, o 
				ex-prefeito voltou à prisão no dia 14 de maio. Em junho, ele foi 
				transferido para a Penitenciária II de Tremembé, de onde saiu em 
				outubro com um novo habeas corpus. Marcelo Tiepolo, 
				ex-presidente da Comissão de Licitação, também ficou preso por 
				quatro meses. 
				O MP, por meio 
				da Promotoria de Justiça de Pontal, também bloqueou os bens do 
				ex-prefeito e dos dois servidores. Duas empresas também tiveram 
				seus patrimônios bloqueados. O bloqueio aconteceu por causa de 
				irregularidades em contrato de prestação de serviços médicos e 
				odontológicos na Santa Casa de Pontal. 
				DEFESA 
				- Todas as ações civis estão em andamento e não há nenhuma 
				condenação. Para o advogado de defesa do ex-prefeito, o valor 
				solicitado pelo promotor é irreal, e segundo ele não existem 
				provas contra Venturelli. 
				“Os pedidos de 
				devolução são absurdos e improcedentes. Em todas as ações, pela 
				própria documentação juntada pelo MP verifica-se que os serviços 
				foram prestados. O que há, são irregularidades formais, como 
				falta de assinatura, ou falta de algum documento”, diz Valdemir 
				Caldana, advogado de Venturelli. 
				O advogado de 
				Marcelo Tiepolo, Roberto Edson Heck, diz que seu cliente não 
				recebeu nenhuma condenação. “E há ações das quais ele não faz 
				parte.” Procurado, o ex-prefeito não foi encontrado para 
				comentar o caso. 
				*Fonte: 
				Jornal A Cidade - Foto: Joyce Oury 
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