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Um homem matou o filho de apenas 12 anos no fim da manhã desta quarta-feira (5),
no bairro Monte Alegre, em Ribeirão Preto.
Segundo a irmã da
vítima por parte de mãe, Jurandir Ferreira Neres foi bastante
violento na agressão. "Minha mãe começou a gritar, aí eu entrei
e meu irmão tava jogado no chão da cozinha e ele pegou um ferro
e dando nele ainda. Ninguém conseguia tirar ele de lá! Eu não
sei porque ele fez isso", falou.
A jovem ainda
contou que o irmão mais novo, de 10 anos, só não foi espancado
porque conseguiu fugir. Após o homicídio, vizinhos entraram na
casa e lincharam o homem, que morreu |
no mesmo local que
o filho, Jonathan Bidoia Neres. A criança foi socorrida para o
Pronto-Socorro da rua Cuiabá, mas chegou na unidade sem vida.
A avó materna,
Angela Bidoia, que já foi ameaçada pelo genro, contou como era o
relacionamento do homem com os filhos. "Ele sempre batia nas
crianças. Eu sempre tirava eles daqui e levava pra minha casa. E
hoje, hora que eu cheguei, não vi nada porque já tinham
socorrido meu neto", lamentou.
LINCHAMENTO - De acordo com o capitão da PM Marcelo Henrique Figueiredo, a polícia recebeu um
chamado da Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) do bairro Sumarezinho,
informando que Jonatan Neres Bidoia, de 12 anos, havia dado
entrada no local e que apresentava vários ferimentos. O menino tinha perfurações
pelo corpo, que podem ter sido causadas por facadas desferidas pelo pai. Apesar
do socorro, Jonatan não resistiu.
Ao chegarem à casa
do suspeito na favela do bairro Monte Alegre, os policiais
encontraram o pai do menino, Jurandir Ferreira Neres, caído no
chão da cozinha. Segundo Figueiredo, havia sangue na pia e, ao
lado dele, um tronco de árvore.
A filha de Neres,
uma adolescente de 16 anos, afirmou que estava em casa quando o
irmão chegou da escola e o pai passou a agredi-lo sem nenhum
motivo. O outro irmão da garota, um menino de 10 anos, que
também estava no local, conseguiu fugir. Segundo a menina,
vizinhos tentaram parar as agressões, mas quando o garoto foi
socorrido, o pai passou a ser alvo de um grupo de pessoas, que
começou a linchá-lo até a sua morte.
A polícia
acredita que Neres morreu por causa dos ferimentos provocados
pelo linchamento. “Populares sabendo do homicídio praticaram
justiça com as próprias mãos”, diz Figueiredo. Ainda segundo o
capitão da PM, não há nenhum suspeito até o momento, uma vez que
no bairro “impera a lei do silêncio”.
Uma faca e um
martelo foram apreendidos no local e encaminhados para a
perícia.
*Com
informações do G1/Ribeirão Preto - Foto: Felipe Turioni
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