Agronegócios
(Apta), disse que o aumento do volume da água é importante por
dois motivos.
Primeiro porque os
peixes precisam desse volume de água para conseguir nadar e
fazer o processo de migração. Segundo: após a reprodução é
necessário ter um bom volume de água para que ela transborde
para as lagoas marginais e ali ocorra o desenvolvimento das
larvinhas, quando então os peixes retornam para o Rio Mogi.
DESOVA
- Devido à atual situação, o pesquisador disse acreditar que o
período de desova será melhor que os anteriores. "Após três anos
de piracemas pouco eficientes, finalmente tudo indica que
teremos uma boa fase, tanto no aspecto de ter bastante peixe em
reprodução quanto de eficiência na sobrevivência dessas larvas
para a recuperação dos estoques pesqueiros nos próximos anos".
Mais de 80 espécies
se reproduzem no rio e muitos já estão prontos para a desova.
Aos poucos, a vida volta ao normal em um dos principais
berçários de peixes de água doce do país.
ALEGRIA
- A cheia do rio encanta turistas e moradores. "Há alguns meses
o nível estava muito baixo, bem triste de olhar. Mas agora está
bem bonito, me deixa bem alegre", disse a militar Daniela
Resende Dutra.
A recuperação do
Mogi Guaçu também é uma esperança para quem vive da pesca. "Dá
um desesperado quando você olha e não tem água, só pedras e não
se vê peixes. Quanto mais água, melhor é", disse o pescador
Murilo Senhorini Marafon.
O gerente de um
restaurante em frente ao rio no distrito de Cachoeira de Emas
também está otimista. "O rio estando cheio é a nossa alegria. O
nosso cliente vem até Cachoeira apreciar o rio, então aumenta o
nosso movimento em até 40%", disse Tiago Martins.
PIRACEMA
- A piracema teve início no dia 1º deste mês. Desde então está
proibida a pesca embarcada. Está liberada, porém, a pesca de
barranco, com vara, molinete, linha e anzol, desde que à
distância de 2 mil metros de barragens, cachoeiras e
corredeiras.
"Se for espécie
exótica, como por exemplo a tilápia, a curvina, o tucunaré, é
permitido o abate. Porém com espécie nativa apenas o pesque e
solte”, disse o pesquisador da Apta.
Quem desrespeitar as regras, pode ser multado pela Polícia
Ambiental e ter de responder criminalmente. “A multa mínima é de
R$ 200, porém há os agravantes, conforme a quantidade de peixes
capturados, e todo o equipamento é apreendido”, afirmou Sussel.
*Fonte: G1/São
Carlos - Foto: Paulo Chiari
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